dimanche 18 septembre 2011

A medicina ortomolecular baseia-se

A medicina ortomolecular baseia-se na teoria da toxicidade dos radicais livres. Quando respiramos, parte do oxigénio não absorvido pelo corpo é transformado em radicais livres, ou seja, em átomos com um eletrão não emparelhado. Para doar esse eletrão, estes átomos unem-se às moléculas do corpo, causando desequilíbrios na sua constituição (oxidação), que podem causar muitos males físicos, quando a capacidade de produção de antioxidantes do organismo não é suficiente para compensar o processo de oxidação das moléculas. Neste sentido, a medicina molecular é uma medicina preventiva, que pode contribuir em muito para retardar e amenizar o envelhecimento e as sequelas do processo degenerativo das células.

O que é a Medicina Ortomolecular?
A medicina ortomolecular constitui um ramo da chamada medicina alternativa (sem base científica) no qual se acredita que as doenças são resultado de desequilíbrios químicos. Assim, os tratamentos ortomoleculares buscam a restauração dos níveis de vitaminas e minerais considerados ideais no organismo. Este conceito de medicina foi apresentada por Linus Pauling (duas vezes laureado com o Prémio Nobel) em 1956.

O termo «ortomolecular» significa equilíbrio molecular. Linus Pauling considerava que a saúde ocorre justamente quando as moléculas do nosso organismo estão em equilíbrio constante, e a doença é o rompimento deste equilíbrio. A medicina ortomolecular tem como objetivo restabelecer o equilíbrio químico do organismo, estudar as suas interacções bioquímicas e atuar para manter o equilíbrio das moléculas, das células, dos órgãos e sistemas que o compõem.

Mas por que o organismo se desequilibra?
Para entendermos como isto se dá, podemos partir de uma analogia. O organismo é uma máquina que está permanentemente produzindo-se. Durante este processo de produção podem surgir falhas, seja na chegada de matéria-prima (vitaminas, minerais, etc.), seja na própria integração de todo e qualquer sistema que compõe a máquina. Estes sistemas devem trabalhar de forma harmoniosa, como uma engrenagem.

Estas engrenagens são os sistemas : NEUROENDÓCRINO, PSÍQUICO E IMUNITÁRIO. Qualquer falha nalgum ponto ou mecanismo desta máquina (ser humano) compromete toda a produção (vida), surgindo os defeitos (doença). Por exemplo: uma pessoa deprimida tem mais chances de apresentar infecções recorrentes, já que uma falha no sistema psíquico leva consequentemente a alterações no sistema imunitário.

Como se faz o equilíbrio?
O equilíbrio metabólico obtém-se suprindo as necessidades do organismo em elementos adequados para uma reordenação bioquímica. O papel principal neste equilíbrio cabe às vitaminas, aos sais minerais, aos aminoácidos, aos ácidos gordos essenciais e, quando necessário, a algumas hormonas. Esses mesmos elementos, empregues no tratamento de várias doenças, são considerados medicamentos ortomoleculares, por serem substâncias que fazem obrigatoriamente parte do organismo humano, sendo, portanto, oferecidos como matérias-primas que o organismo utiliza para satisfazer as suas necessidades básicas.

A alimentação inadequada, o fumo, o álcool, a radiação, a poluição, a exposição prolongada ao sol, também contribuem para gerar radicais livres, que, em excesso, podem vencer os mecanismos de defesa naturais das células e provocar o stress oxidativo, em que milhões de células são danificadas e deixam de cumprir a sua função.

Os tratamentos devem ser ministrados de forma orientada, na sequência de uma análise mineralógica dos cabelos e de exames complementares laboratoriais ou radiológicos, contribuindo para evitar a produção excessiva de radicais livres e diminuindo o consumo de medicamentos tóxicos para o ser humano, como antibióticos, corticóides, etc. Com isso faz-se a prevenção das doenças degenerativas crónicas, o que proporciona sem dúvida mais saúde e um envelhecer com melhor qualidade de vida. O uso orientado e individualizado de substâncias antioxidantes fortalece as defesas imunológicas, melhora a qualidade das células e ativa as funções orgânicas que tendem a diminuir com o passar do tempo.

Como é aplicada a Medicina Ortomolecular?
Um fator importante na génese de várias enfermidades, como artrite e o cancro, é a formação de radicais livres. Podemos entendê-los da seguinte forma: o organismo utiliza cerca de 98 a 99% do oxigénio que consumimos para produzir energia. A pequena parcela que sobra (1 a 2%) não participa do processo, formando as espécies tóxicas reativas do oxigénio - os radicais livres. Estes correspondem a átomos ou grupos de átomos com um eletrons não emparelhado na sua órbita mais externa, sendo, portanto, muito reativos pois para recuperar o equilíbrio precisam 'doar' o eletrons desemparelhado. Desta forma, combinam avidamente com as várias estruturas celulares do corpo, o que resulta na destruição e, consequentemente, em enfermidades. Entre estas podem ser citadas o cancro, osteoartrite, lúpus, enfisema e doenças cardio vasculares. O Homem está permanentemente submetido a condições que levam ao excesso de radicais livres como, por exemplo, o stress, o fumo, a poluição, exposições prolongadas ao sol, entre outras.

A Medicina Ortomolecular, através do uso de vitaminas e minerais, objetiva, entre outros, neutralizar os efeitos tóxicos destas espécies reativas, proporcionando uma melhor qualidade de vida.

A Medicina Ortomolecular também trata das deficiências de uma série de nutrientes. Sabe-se, por exemplo, que um fumador gasta 25 mg de vitamina C a cada cigarro que consome. Caso esta pessoa fume um maço por dia, estará perdendo 500 mg desta vitamina diariamente. E, hoje em dia, sabemos os inúmeros benefícios que esta vitamina proporciona, seja no combate a radicais livres, na síntese de hormônios, ou mesmo estimulando o sistema imunológico. Todavia, apesar da medicina ortomolecular ter um sentido curativo, ela também é eminentemente preventiva.

Assim, por exemplo, é possível tratar uma pessoa com stress antes que ele evolua para uma hipertensão arterial. Da mesma forma, é possível tratar obesidade antes que ela ocasione diabetes. O mais importante é que com a Medicina Ortomolecular o paciente volta a ser encarado como um todo, um conjunto que deve funcionar em harmonia e com esta visão global, qualquer tratamento torna-se muito mais vantajoso, pois encontra a origem dos problemas, a verdadeira raiz a partir da qual todo o processo patológico se desenvolve. Ou, ainda, voltando à analogia, se encontrarmos o defeito exatamente onde ele se origina na máquina, é muito mais fácil consertá-la antes que o problema atinja toda a produção, que nada mais é do que a própria vida.

Fonte: portugalmistico.com

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